quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ah, essas mulheres, por Alfredo Leonardo Penz

Onde quer que estejamos, aqui, lá, ou acolá, sempre estaremos na presença delas. Não importa que sejam gordas ou magras, altas ou baixas, loiras ou morenas. Sempre teremos o privilégio de com elas estarmos. Elas são nossas musas inspiradoras. Aquelas que, sem medo de errar, são nosso norte, sul, leste e oeste. Elas dão rumo à humanidade.

Pode-se imaginar o mundo sem elas? Claro que não. Seria um tédio, um verdadeiro caos. Jamais sairíamos do lugar, pois andaríamos em círculos, como num movimento de vaivém, como que perdidos no espaço, no vazio do universo.

Ah, essas mulheres. Não importa se bonitas ou não tão; se novas ou há mais tempo adolescentes; calmas ou inquietas. Sua origem ainda não foi comprovada. Os criacionistas dizem que foram feitas a partir da costela do primeiro homem – Adão. Os evolucionistas, como o seu precursor Charles Darwin, dizem que evoluíram do primata. Não importa a sua origem. Elas estão aqui e devemos reverenciá-las, amá-las e guardá-las no fundo dos nossos corações.

Cantadas em prosa e verso, por escritores, poetas, cantores, elas inspiram nossa vida. Martinho da Vila disse: “Já tive mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores”. Não tive tantas quanto o poeta, porém todas marcantes. Erasmo Carlos afirma que é “forte, mas não chego aos seus pés”, e Roberto Carlos, seu irmão camarada, diz ser um “amante à moda antiga”. Aqui me identifico. Me enquadro mais ao estilo do “rei do iê iê iê”: “Eu sou aquele amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores e ainda chamo de querida a namorada”, minha linda e eterna.

De onde vem tanta força? Nos momentos mais difíceis, elas sempre estão presentes nos acariciando, dando força, incentivando ou mesmo confortando. De onde vêm tanta inspiração e tanta alegria? É nelas que tiramos alento para nossas dificuldades. É no repouso dos seus braços que nos confortamos e revigoramos nosso entusiasmo. Elas são munição para o nosso dia a dia.

Meninas, vocês são perfeitas por natureza. Mesmo que lhes digam que as gordurinhas chegaram, que os pés-de-galinha estão aparecendo, vocês são perfeitas. Celulite, para mim, é charme. Quem não as tem? Aliás, quem não as tiver, que atire a primeira pedra. Que os machões de plantão não se enganem com aqueles outdoors ou aquelas páginas de revistas mostrando curvas e partes avantajadas: é puro Photoshop, pura ilusão de ótica. Tudo obra da informática. Chegam até a tirar a beleza natural, parecendo bonecas de porcelana. É tudo criação para esconder imperfeições; imperfeições que, aliás, fazem parte da natureza humana.

Portanto, meninas, não se envergonhem. Sejam bonitas como vocês são. Tenham vergonha daqueles que exigem a perfeição feminina. Estes, sim, são os imperfeitos, os que não assumem sua própria identidade e não conseguem apreciá-las como são. Vinícius de Moraes estava errado quando afirmou: “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Sou partidário do filósofo Sêneca, aquele do início da era cristã, que diz: “Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”. A verdadeira mulher só é completa se vista por fora e por dentro, no âmago da alma, com todo o seu eu.

Então, meninos, vamos viver para amá-las e amar para vivê-las. Vamos aproveitar esta quarta-feira, nossa quarta-feira, para saudá-las com abraços, com beijos e flores, agradecendo desta forma toda nossa gratidão e carinho. Ah, essas mulheres!

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