quinta-feira, 29 de julho de 2010

Coisas para fazer antes dos 30!


*Dar uma festa em casa enquanto os pais viajam.
*Sair escondido.
*Cair na piscina, a noite, de roupa e tudo.
*Começar uma guerra de comida.
*Entrar em uma festa pela porta dos fundos.
*Sair de pijama.
*Passar três dias acordado.
*Encontrar alguém que conheceu na internet.
*Ficar com alguém dez anos mais velho que você.
*Fazer uma tatoo.
*Ficar bebado e, no dia seguinte, não lembrar mais de nada.
*Ir pra uma festa de onibus.
*Banhar pelado na piscina.
*Criar uma banda sem saber tocar nada.
*Brigar com um desconhecido.
*Fugir da escola.
*Usar a melhor roupa pra ir ao mercado.
*Fingir ser estrangeiro e falar um idioma que não existe.
*Ir a uma praia de nudismo.
*Entrar em uma loja e pegar chocolate escondido.
*Chorar vendo um desenho.
*Ter um diário secreto.
*Entrar no cinema escondido.
*Ficar com alguém que você nunca viu na vida.
*Sair de casa pra comprar pão e voltar só no dia seguinte.
*Se apaixonar a primeira vista.
*Pular de uma montanha e cair na água.
*Ser a última pessoa a sair do shopping.
*Mandar uma mensagem no rádio pra alguém.
*Passar trote como se fosse a namorada de alguém.
*Entrar no BBB.
*Dizer pra mãe que vai à igreja e ir pra uma rave.
*Entrar no bate-papo pra zoar.
*Contar seus problemas pra um desconhecido.
*Dançar uma música alta em um local publico.
*Subir em algum lugar alto e gritar "EU SOU O REI DO MUNDO".
*Botar algema em alguém e jogar a chave fora.
*Ter um peixe e ficar conversando com ele.
*Participar de um protesto.
*Dizer "eu te amo" pra um desconhecido.
*Ir ao mercado e pegar 20 caixas de preservativos, botar dentro do carrinho e ficar desfilando.
*Se esconder atrás das roupas em uma loja e dar um susto em alguém quando for pegar as roupas.
*Ir à uma boate gay.
*Cantar uma música japonesa alto no ônibus.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Grande Charles Chaplin

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

Charles Chaplin

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eu e minha equipe estamos trabalhando em cima dessa crônica.


Ser Brotinho

Paulo Mendes Campos


Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.

Ser brotinho é não usar pintura alguma, às vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestido tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. Ser brotinho é lançar fogo pelos olhos.

É viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a contemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. É passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida de lata e cortar o dedo. Ser brotinho é ainda possuir vitrola própria e perambular pelas ruas do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de elepês coloridos. É dizer a palavra feia precisamente no instante em que essa palavra se faz imprescindível e tão inteligente e natural. É também falar legal e bárbaro com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância.

Ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter a bolsa cheia de pedacinhos de papel, recados que os anacolutos tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, uma cédula de dois cruzeiros com uma sentença hermética escrita a batom, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser brotinho é a inclinação do momento.

É telefonar muito, estendida no chão. É querer ser rapaz de vez em quando só para vaguear sozinha de madrugada pelas ruas da cidade. Achar muito bonito um homem muito feio; achar tão simpática uma senhora tão antipática. É fumar quase um maço de cigarros na sacada do apartamento, pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas.

Ser brotinho é comparar o amigo do pai a um pincel de barba, e a gente vai ver está certo: o amigo do pai parece um pincel de barba. É sentir uma vontade doida de tomar banho de mar de noite e sem roupa, completamente. É ficar eufórica à vista de uma cascata. Falar inglês sem saber verbos irregulares. É ter comprado na feira um vestidinho gozado e bacanérrimo.

É ainda ser brotinho chegar em casa ensopada de chuva, úmida camélia, e dizer para a mãe que veio andando devagar para molhar-se mais. É ter saído um dia com uma rosa vermelha na mão, e todo mundo pensou com piedade que ela era uma louca varrida. É ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. É ter uma vez bebido dois gins, quatro uísques, cinco taças de champanha e uma de cinzano sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só um cálice de vinho do Porto e ter dado um vexame modelo grande. É o dom de falar sobre futebol e política como se o presente fosse passado, e vice-versa.

Ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de salmão para o coitado. Mas o bichinho comeu o salmão e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. Ter horror de gente morta, ladrão dentro de casa, fantasmas e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.

Ser brotinho é adorar. Adorar o impossível. Ser brotinho é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijama telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina, tão estranha é a vida sobre a Terra.


Texto extraído do livro “
O Cego de Ipanema”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1960, pág. 15.

quarta-feira, 7 de julho de 2010


Esse trabalho sobre preconceito, foi elaborado por mim e minha colega Bruna Nascimento.
Nós o fizemos com a intenção de fazer as pessoas refletirem sobre suas atitudes.
Foi um trabalho feito com o auxilio da professora de português, Zorilda, que é uma pessoa maravilhosa e inteligentíssima!

Ah, essas mulheres, por Alfredo Leonardo Penz

Onde quer que estejamos, aqui, lá, ou acolá, sempre estaremos na presença delas. Não importa que sejam gordas ou magras, altas ou baixas, loiras ou morenas. Sempre teremos o privilégio de com elas estarmos. Elas são nossas musas inspiradoras. Aquelas que, sem medo de errar, são nosso norte, sul, leste e oeste. Elas dão rumo à humanidade.

Pode-se imaginar o mundo sem elas? Claro que não. Seria um tédio, um verdadeiro caos. Jamais sairíamos do lugar, pois andaríamos em círculos, como num movimento de vaivém, como que perdidos no espaço, no vazio do universo.

Ah, essas mulheres. Não importa se bonitas ou não tão; se novas ou há mais tempo adolescentes; calmas ou inquietas. Sua origem ainda não foi comprovada. Os criacionistas dizem que foram feitas a partir da costela do primeiro homem – Adão. Os evolucionistas, como o seu precursor Charles Darwin, dizem que evoluíram do primata. Não importa a sua origem. Elas estão aqui e devemos reverenciá-las, amá-las e guardá-las no fundo dos nossos corações.

Cantadas em prosa e verso, por escritores, poetas, cantores, elas inspiram nossa vida. Martinho da Vila disse: “Já tive mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores”. Não tive tantas quanto o poeta, porém todas marcantes. Erasmo Carlos afirma que é “forte, mas não chego aos seus pés”, e Roberto Carlos, seu irmão camarada, diz ser um “amante à moda antiga”. Aqui me identifico. Me enquadro mais ao estilo do “rei do iê iê iê”: “Eu sou aquele amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores e ainda chamo de querida a namorada”, minha linda e eterna.

De onde vem tanta força? Nos momentos mais difíceis, elas sempre estão presentes nos acariciando, dando força, incentivando ou mesmo confortando. De onde vêm tanta inspiração e tanta alegria? É nelas que tiramos alento para nossas dificuldades. É no repouso dos seus braços que nos confortamos e revigoramos nosso entusiasmo. Elas são munição para o nosso dia a dia.

Meninas, vocês são perfeitas por natureza. Mesmo que lhes digam que as gordurinhas chegaram, que os pés-de-galinha estão aparecendo, vocês são perfeitas. Celulite, para mim, é charme. Quem não as tem? Aliás, quem não as tiver, que atire a primeira pedra. Que os machões de plantão não se enganem com aqueles outdoors ou aquelas páginas de revistas mostrando curvas e partes avantajadas: é puro Photoshop, pura ilusão de ótica. Tudo obra da informática. Chegam até a tirar a beleza natural, parecendo bonecas de porcelana. É tudo criação para esconder imperfeições; imperfeições que, aliás, fazem parte da natureza humana.

Portanto, meninas, não se envergonhem. Sejam bonitas como vocês são. Tenham vergonha daqueles que exigem a perfeição feminina. Estes, sim, são os imperfeitos, os que não assumem sua própria identidade e não conseguem apreciá-las como são. Vinícius de Moraes estava errado quando afirmou: “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Sou partidário do filósofo Sêneca, aquele do início da era cristã, que diz: “Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”. A verdadeira mulher só é completa se vista por fora e por dentro, no âmago da alma, com todo o seu eu.

Então, meninos, vamos viver para amá-las e amar para vivê-las. Vamos aproveitar esta quarta-feira, nossa quarta-feira, para saudá-las com abraços, com beijos e flores, agradecendo desta forma toda nossa gratidão e carinho. Ah, essas mulheres!

"Ah, Essas mulheres''

Na crônica ''Ah, essas mulheres'' de Alfredo Leonardo Penz, o autor tratou de um assunto do cotidiano, as mulheres, e também utilizou os elementos básicos da narrativa, que são o enredo, o autor, as pessoas-seres reais.
Ele escreve a crônica, inicialmente, em primeira pessoa; no segundo momento o foco narrativo é terceira pessoa, colocando o seu ponto de vista pessoal.
O título (Ah, essas mulheres) e o desfecho estão em sincronia, pois no final ele reescreve o próprio título da crônica.
Existem diversas observações que podem ser aproveitadas pelo leitor como: a crônica, de certa forma, levanta a autoestima das mulheres, transmite bem-estar, e faz você aceitar a sua realidade interna e externa, e isso é muito interessante.